Falta de pilotos pode travar
setor aéreo em dois anos
Número de formandos não acompanha o crescimento estimado para aviação brasileira
Letícia Casado
Foto por AE
Vai faltar piloto em dois ou três anos, diz presidente da Azul
Há tempos o país enfrenta dificuldades para recrutar pilotos de aviões comerciais, devido ao número reduzido de pessoas que se profissionalizam para exercer esta tarefa. Com o crescimento projetado para o turismo do Brasil, que está às vésperas de sediar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada, o setor aéreo tende a entrar em colapso em, no máximo, três anos.
Entre 2007 e 2009, a média de licenciamento de novos pilotos comerciais de linhas aéreas foi de 373 profissionais por ano. Esse número é suficiente para atender apenas 62 novas aeronaves, de acordo com especialistas ouvidos pelo R7. TAM, Gol e Azul, juntas, absorveriam pelo menos 70% desse total, considerando o número de aviões que elas compram a cada ano.
Isso porque é preciso ter 12 pilotos por avião em uso no país, para que se formem seis duplas por aeronave, entre piloto e copiloto. Esse arranjo é necessário porque ambas as categorias profissionais têm limites de horas para voar.
Nesse cenário, sobraria menos de um terço dos formandos para atender todo o restante do mercado, que inclui as outras empresas que precisam repor seus quadros devido à aposentadoria de seus pilotos, companhias aéreas internacionais e novatas como Webjet e OceanAir.
O número é considerado “irrisório” pelo diretor de relações institucionais da Azul, Adalberto Febeliano.
- Vai faltar piloto daqui a dois ou três anos. Não tem piloto para mais ninguém.
Custo caro afasta interessados
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